28 junho 2006

A mais dramática das cartas de amor



Penso em ti, debaixo deste manto de lua e estrelas sem cor.
E quando o murmúrio dum frio alcoolizado as faz parecer infinitas,
Acredito fielmente que, tu e eu, somos a Geração do Amor...

E tu entras em mim, sob a forma ácida duma solução salina intravenosa,
Tal como o álcool se apodera dum fígado e o transforma em cancro,
Embriagando os meus sentidos com uma subtil calma nervosa.

E eu entro em ti, ao som ritmado das sete badaladas do sino da igreja,
Na assimetria típica duma desconfiada posição adolescente,
Enquanto transpiras pecado, rezando para que ninguém nos veja.

Penso em nós, debaixo dum manto incolor de lua e estrelas tecido.
E quando o calor das tuas mãos de parteira me ressuscita, sinto que te conheço,
Mesmo quando esse sentimento absurdo se torna desconhecido...

1 Comments:

Blogger mais pro menos said...

Adorei. Sensível...

23:00  

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