28 junho 2006

Parasita



O medo teme que morras – cobarde – sem ti não existiria,
E no entanto é ele que te mata, todas as noites, dia após dia.

O medo penetra-te, o medo possui-te, suga-te com gosto,
E faz de ti prostituta, vendendo à insónia um lugar no teu leito.
Foge depois pelos olhos, deixando-te marcas salgadas no rosto,
Até que te mata, cravando bem fundo punhais no teu peito.

O medo degola-te, dilacera-te a alma, como um bisturi,
E no entanto – contrasenso – o que seria do medo sem ti?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

So tenho estas palavras...
ADORO TE!!!

Obrigada..

03:35  

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