A Outra do Quarto ao Lado

E o acaso ergue uma ponte
Sobre a acidez daquele rio,
Que desagua e se esconde
Numa masmorra suada.
E o ocaso cobre aquele céu
Com um negro manto rasgado
Por mil estrelas decadentes
Cuspidas por um mosqueteiro alado.
E enquanto uma duvidosa raça
Uiva para a Lua dizendo que é sua,
Castanholas esquizofrénicas
Fazem outros cães ladrar na rua.
E quando a gordura da bifana
Lubrifica o desejo carnal,
Então, eu tenho a certeza,
E sei que NÃO ÉS IGUAL!